quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Apenas por hoje...

Apenas por hoje, consideremos que a ignorância é uma vaidade do inconsciente; que a verdade é uma mentira, e torna-se verdade apenas porque uma grande quantidade de pessoas te convence a acreditar nela...
Pronto, assim fica mais fácil de entendermos, por exemplo: como os governantes conseguem, de uma hora para a outra, desembolsar bilhões e bilhões de dólares para "salvar" uma corja de banqueiros milionários; como as pessoas, e não são poucas, conseguem pegar o telefone para "eliminar" um participante do Big Brother; enquanto outras preparam uma festa de aniversário para o seu animalzinho de estimação, com um bolo em forma de ossinho e cantando parabéns assim: "Auauau.. auu.. auu. aaauuuu..." Ou ainda, aqueles que conseguem ler a Veja e acreditar que ela está certa; sem contar os muitos que vão às urnas e quatro anos depois nem lembram em quem votaram...
A lista de exemplos vai longe...
Por isso, apenas por hoje, consideremos que a ignorância é uma vaidade do inconsciente.

domingo, 19 de outubro de 2008

Já é noite, o relógio marca 23h30min, que logo mostra a temperatura 17Cº. As ruas estão vazias, os bares já recolhem suas cadeiras. Ele para e descansa seus olhos enquanto limpa o óculos, logo o devolve para a base do nariz, abre os olhos e continua a caminhar. Cansado de toda aquela ficção diária, ele repete para si o mesmo pensamento:
- Movo-me através dos estereótipos que caminham seguros nas ruas ladrilhadas pelas aparências.

ze silva.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ja sentiu?
Aquele forte apelo de todos os teus sentidos,
que quando bate tritura a carne e
faz nascerem os sonhos...
Eis o desejo.

O Nada

O nada está no silêncio, o nada está no barulho.
O nada atua nos sentimentos anestesiados pelo cotidiano.
Vasculha os buracos deixados pela sua falta de reflexão.
Perfura sua razão.
Há os que o desprezam, e há os que o escutam.
A diferença é que os primeiros insistem em se fechar nas suas certezas morais e racionais, nestes só o leito da morte abrirá seus ouvidos.
Perceberão que agora, no momento da partida, seus muros de certezas de nada serviram.
Eis o nada proferindo sua última palavra.
O nada seduz.
O nada provoca.
O nada duvida.
No nada não existe dualidade.
O nada nunca é.
Sua imagem nunca teve lugar entre os heróis, sua memória nunca foi lembrada.
Ainda vivo talvez...
Mas sempre no submundo da história.
Relegado ao mundo marginal, onde o absurdo age de forma mais transparente, porém, sem deixar de ser cruel.

ze silva.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Ela passou rapidamente da cozinha para a sala, sentou-se e apoiou seus braços na mesa. Uma das mãos segurava trêmula um cigarro na ponta dos dedos, a outra apoiava a testa. Dava para sentir o turbilhão de pensamentos que saltava pelos seus olhos. Comecei a ficar desconfortável, não sabia o que fazer. Sem que eu esperasse a porta se abriu, rapidamente ela pegou a faca...

Intervalo comercial.

- Droga! - pensei.
Desliguei a televisão e fui dormir.

zé silva.